O Conasems promoveu, na terça-feira (14), a 2ª Oficina Temática do Projeto ImunizaSUS. O evento teve a presença de assessores de comunicação dos Cosems de estados de todas as regiões do Brasil. Com o intuito de debater sobre a comunicação em saúde, a oficina realizou painéis que destacaram a importância dos jornalistas nas coberturas vacinais.
No painel de apresentação, a mesa de debate foi composta pelo presidente do Conasems, Wilames Freire Bezerra; o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto; o representante do CONASS, Nereu Mansano; a representante da SAPS, Ana Luiza Caldas; a representante da SVSA, Ana Catarina Melo e a representante da OPAS/OMS, Dra Lely Guzmán.
Durante o primeiro painel, as dificuldades que os gestores da saúde enfrentaram durante a pandemia foram destaques, assim como a importância dos jornalistas para combater as fake news. Foi reforçado que uma boa comunicação é fundamental na divulgação das campanhas de imunização.
Esse tema foi aprofundado na mesa do segundo painel, que foi composto pela presidente do Cosems/GO, Veronica Savatin; o professor da UFMG e pesquisador do Nescon, Ricardo Fabrino Mendonça; professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, José Cássio de Moraes e a repórter especial da Folha de São Paulo, Cláudia Collucci.
Também foi contextualizada a atuação dos jornalistas na comunicação em saúde e foi sugerido propostas de estratégias que possam trazer maior adesão na cobertura vacinal. Além disso, gestores e jornalistas colaboraram para explicar a realidade que cada estado enfrenta, quanto ao tema de campanhas de imunização.
Quanto aos palestrantes, Ricardo Fabrino fez uma apresentação sobre a cultura de desinformação, tendo o Telegram um papel relevante no ataque das campanhas pró-vacina. Nas suas sugestões destaca-se a busca por compreender as razões dos hesitantes que levam a um ceticismo em relação à ciência e aos especialistas.
Desta forma, é possível criar uma mobilização com influenciadores, lideranças e criar parcerias com as plataformas digitais, com isso estabelecendo ações contra a desinformação na área de vacinas. Já José de Cássio fez um resgate das campanhas midiáticas na cobertura da vacinação e ressaltou a importância dos jornalistas serem atuantes para adequar a realidade do momento.
Por fim, Cláudia Collucci comentou sobre a sua experiência durante a pandemia na atuação dos consórcios de dados e do trabalho conjunto que a imprensa teve com os profissionais de saúde. Ela destacou que as redes sociais têm um papel fundamental nesse processo, mas só a comunicação não vai mudar os problemas de cobertura vacinal.
Tanto gestores quanto jornalistas falaram sobre a dificuldade da comunicação das populações e a elaboração de uma forma específica para cada realidade, além da necessidade de atualização dos dados no sistema e a busca do trabalho conjunto para o fortalecimento do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Após o segundo painel, o público também pode participar do evento. após esse momento, houve um terceiro painel, que reuniu Ricardo Fabrino Mendonça e o também pesquisador da Nescon da UFMG, Jackson Freire. Durante a palestra, foi feito um mapeamento das interações dos vídeos e dos posts nas redes sociais e como eles influenciaram na adesão da cobertura vacinal durante a pandemia.
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